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PGR exonera servidor suspeito de vazar informações – 23/09/2025 – Poder

A PGR (Procuradoria-Geral da República) exonerou um servidor que foi alvo de busca e apreensão na sexta-feira (19) sob suspeita de vazar informações sigilosas. Ele atuava em uma área que investiga crimes cometidos por desembargadores e governadores.

Felipe Alexandre Wagner tinha cargo comissionado na PGR, e sua exoneração foi publicada no Diário Oficial da União. O próprio órgão pediu que ele fosse alvo das buscas. A Polícia Federal apreendeu seu celular e computador.

A ação da PF, feita sob sigilo, foi revelada pela revista Piauí e confirmada pela Folha.

As suspeitas são de que Felipe teria vazado informações relacionadas a uma operação sob supervisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que aconteceria no Tocantins.

Em um diálogo acessado pela PF em uma busca e apreensão anterior, o prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), cita um “Felipe” e menciona investigações sigilosas e um parecer que seria escrito por ele.

Essa conversa foi mencionada na representação policial que gerou a nona fase da Operação Sisamnes, que investiga suspeitas de vazamentos e venda de decisões em gabinetes do STJ, em maio. À época, o prefeito negou ter vazado informações ou cometido irregularidades.

A operação está sob supervisão do ministro Cristiano Zanin, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Felipe trabalhava na assessoria jurídica criminal da PGR no STJ e não atuava nos processos relacionados ao Tocantins, mas o órgão apurou que ele acessou indevidamente o inquérito e há suspeita de que ele vazou uma manifestação.

A reportagem procurou a Procuradoria, que disse que não se manifestaria. Felipe Alexandre Wagner não foi localizado, tampouco sua defesa.

O servidor exonerado iniciou a carreira no Ministério Público Federal no Paraná. De acordo com pessoas próximas, mudou-se para Brasília para conhecer outros setores da PGR, já que pretendia prestar concurso para o cargo de procurador da República.

É comum que esses assessores rodem entre os chamados ofícios do Ministério Público Federal para aprender sobre todos os temas. A operação pegou de surpresa pessoas que atuaram com ele.

A Sisamnes, iniciada em 2024, tem como objetivo “investigar crimes de organização criminosa, corrupção, exploração de prestígio e violação de sigilo funcional”.

No fim do ano passado, foram cumpridos, na mesma operação, 23 mandados de busca e um de prisão contra advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados suspeitos de envolvimento na venda de decisões judiciais.

A PF também investiga negociações de vazamento de informações sigilosas, incluindo detalhes de operações policiais. É a primeira vez que um auxiliar da PGR aparece nas investigações.

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