Uma análise preliminar do apagão que aconteceu no dia 14 de outubro informa que um incêndio no reator de linha da LT 500kV Ibiúnas – Bateias foi o marco zero da ocorrência. O relatório com a causa do apagão foi divulgado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) na noite de sexta-feira (17). O reator que pegou fogo é de propriedade da Eletrobras.
O incêndio fez com que a proteção do sistema desligasse o circuito, o que era esperado, mas também levou ao desligamento incorreto do circuito C1 da linha de transmissão. O problema se estendeu ao barramento da Subestação Bateias, da Copel. A proteção do barramento deveria ter contido o problema, o que não ocorreu, resultando em desligamentos múltiplos das linhas de transmissão conectadas na subestação, levando também aos desligamentos da LT 500kV Londrina – Assis e da LT 765kV Ivaiporã – Itaberá – Tijuco Preto.
Segundo o relatório do ONS, os desligamentos levaram à desconexão do sistema elétrico da região Sul do restante do Brasil. Como a região Sul exportava cerca de 5.000 MW para o restante do Sistema Interligado Nacional, houve elevação da frequência no subsistema Sul e redução da frequência nos demais subsistemas. O problema teve início às 00h31, com o restabelecimento das cargas tendo começado às 00h35, e finalizado às 02h15.
Os agentes do ONS realizarão uma nova reunião no próximo dia 28 para continuar a elaborar o Relatório de Análise de Perturbação. Após a conclusão, o mesmo será encaminhado a todos os agentes envolvidos para que se atenda às providências do documento, e também para a ANEEL e para o Ministério de Minas e Energia.
A íntegra do relatório sobre o apagão foi divulgada na página do ONS.
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