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Champions: bets, bancos e cias aéreas dominam patrocínios – 21/10/2025 – Esporte


Os torcedores que têm acompanhado as partidas da temporada 2025/26 da Champions League devem ter reparado na predominância das marcas de empresas de apostas online e serviços financeiros e de grandes companhias aéreas em lugar de destaque nos uniformes das equipes.

Dos 36 times que participam da fase de liga da atual edição do continental europeu, 19 deles, ou cerca de 53% do total, têm como patrocinador máster empresas de um dos três setores.

As empresas de apostas lideram, com o patrocínio a sete clubes: Inter de Milão, Sporting, Olympiacos, Kairat, Copenhagen, Club Brugge e Union Saint-Gilloise.

Vêm na sequência, com seis cada um, serviços financeiros —Liverpool, Tottenham, Athletic Bilbao, Bayern Leverkusen, Slavia Praga e Bodø/Glimt— e companhias aéreas —Manchester City, Arsenal, Real Madrid, Atlético de Madrid, Benfica e PSG.

Empresas de telecomunicações aparecem a seguir, com o patrocínio máster a três clubes da Champions: Bayern de Munique, Borussia Dortmund e Ajax.

“O segmento de apostas esportivas está em uma expansão agressiva e busca a audiência do futebol. É uma parceria perfeita para explorar o consumo de conteúdo em tempo real”, afirmou Eduardo Corch, diretor da EMW Global para América Latina e professor de marketing do Insper.

Na Copa do Mundo de Clubes, as bets também já haviam se destacado, respondendo por cerca de 30% dos patrocínios das 32 equipes na disputa nos Estados Unidos.

“O setor de apostas já foi até mais proeminente no passado, mas, quando o investimento dos Estados árabes aconteceu via companhias aéreas, ele perdeu espaço nas principais marcas, em especial em mercados mais maduros, como o inglês, onde já enfrenta algumas restrições”, afirmou José Sarkis Arakelian, consultor e professor da FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado).

Campeão do novo Mundial expandido da Fifa, o Chelsea é o único time sem um patrocínio máster na Champions.

O clube inglês está no mercado em busca de um patrocínio da ordem de 60 milhões a 65 milhões de libras (entre R$ 429 milhões e R$ 464 milhões) por temporada.

Real Madrid (Emirates), Barcelona (Spotify), Manchester United (Snapdragon) e PSG (Qatar Airways) são os times com os maiores acordos de patrocínio no futebol, com valores em torno de 70 milhões de euros (R$ 437 milhões) por temporada.

Patrocinadora do Atlético de Madrid, a Riyadh Air, companhia aérea da Arábia Saudita, é apontada pela imprensa inglesa como uma forte candidata para estampar sua marca na camisa azul dos campeões mundiais.

“Onde se percebe o patrocínio das companhias aéreas, na realidade o que se tem é o investimento dos Emirados Árabes Unidos, do Qatar e da Arábia Saudita, em uma espécie de reforço do capital simbólico, ao se tornar próximo das marcas mais reconhecidas”, afirmou Arakelian. “Ao marcar presença nos principais espaços, essas empresas dão uma demonstração evidente de força econômica.”

“Empresas como Etihad e Emirates usam o futebol como uma ferramenta de ‘soft power’, ligando suas marcas a gigantes do esporte para fortalecer a imagem de seus países”, afirmou Corch.

“Essas companhias enxergam que esses clubes são plataformas de visibilidade e negócios em uma escala que poucos outros ativos no mundo conseguem igualar.”

No caso dos serviços financeiros, acrescentou o professor do Insper, as empresas se valem dos acordos de patrocínio em busca credibilidade e alcance global, “e nada oferece isso melhor do que um clube global, de ponta”.

Corch assinalou ainda a diversidade de setores presentes na Champions. Há, por exemplo, o aplicativo de streaming Spotify, patrocinadora do Barcelona, e a APM Monaco, do setor de joias, que patrocina o time do principado. “Isso só prova o poder de atração global do futebol.”

Arakelian, da FAAP, assinalou que há também o caso de patrocinadores com conexão histórica com os clubes, como a Jeep, patrocinadora da Juventus —empresa e time são ligados ao grupo Exor— e a Pamesa, controlada pelo empresário espanhol Fernando Roig Alfonso, que também é o presidente do Villareal.

Em seu segundo ano sob novo formato, as 36 equipes classificadas à fase de liga da Champions enfrentam oito equipes cada uma, em partidas de ida e volta.

As oito melhores classificadas avançarão às oitavas de final. Aquelas que ficarem entre a 9ª e 24ª posição na tabela disputarão um “playoff” pelas oito vagas restantes.

A decisão está marcada para 30 de maio, em jogo único, na Puskás Aréna, em Budapeste, na Hungria. O país do leste europeu receberá a final da Champions pela primeira vez.



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