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Calderano é gênio e pode ser número 1, diz treinador – 13/09/2025 – Esporte


Paco Arado está entusiasmado com o tênis de mesa praticado por Hugo Calderano. O treinador cubano de 53 anos tem acompanhado o atleta brasileiro de 29, destaque no circuito da modalidade —o mesa-tenista vem acumulando títulos e está nas semifinais da etapa de Macau—, e ficado impressionado.

O técnico deixou seu cargo na seleção brasileira ao fim da última edição dos Jogos Olímpicos para dedicar-se a outros projetos esportivos. Porém, ainda que não seja o treinador oficial de Calderano —sem técnico fixo atualmente—, devido à relação de anos, continua próximo do mesa-tenista.

Ele esteve ao lado de Calderano nas etapas recentes de Malmö e Foz de Iguaçu e agora faz o mesmo em Macau. Em Paris, no ano passado, viu de perto o mesa-tenista construir a melhor campanha de um brasileiro na história dos Jogos Olímpicos, chegando às semifinais e, então, tendo duas duras derrotas, que lhe custaram a medalha.

“No tênis de mesa você ganha, perde e encara a briga. O Hugo encarou a briga, teve chance, mas os outros também jogaram muito bem. Ele tentou, fez o que podia, não conseguiu. Ficou chateado, levantou-se, ganhou a Copa do Mundo e a medalha [de prata] no Mundial. Essa é a nossa vida, é a vida do esporte”, afirmou Paco à Folha no CER (Centro Esportivo Recreativo) Bochófilo São José, em São Caetano do Sul, onde treina a equipe da cidade.

“Não é uma ciência exata em que você possa falar que vai ou não vai conseguir. A certeza que eu tenho é que ele vai brigar para conseguir o que quer”, acrescentou o cubano.

Ele disse ainda que considera Calderano um “gênio”, com uma força mental para se recuperar em momentos adversos. “Ele está entre os melhores do mundo [é o atual número quatro do ranking mundial] e pode chegar a ser o número um. Para o Hugo, não existe limite.”

Segundo Paco, o tênis de mesa brasileiro passou por uma evolução importante ao longo dos últimos anos, com uma nova mentalidade de alto rendimento.

No entanto, apesar do trabalho desenvolvido pela CBTM (Confederação Brasileira de Tênis de Mesa) e da existência de uma série de nomes promissores, ele assinalou que será difícil encontrar no futuro próximo um jogador do nível de Calderano.

“Gênios não nascem todos os dias. Hugo é um gênio, e não é muito fácil substituir, em nenhum lugar do mundo. Mesmo a China, que tem uma renovação grande, não consegue ter esse tipo de gênio toda hora. Hugo é um ponto fora da curva”, afirmou o treinador.

Paco disse ter visto com naturalidade o episódio migratório envolvendo o mesa-tenista no início de julho, quando Calderano não conseguiu tirar a tempo o visto para competir nos Estados Unidos, devido a uma viagem a Cuba em 2023.

“É uma lei dos Estados Unidos, ele não teve tempo hábil para fazer o visto. Foi um mal-entendido, faz parte da vida, mas é a lei.”

Natural do pequeno município de Güines, na província de Mayabeque, Paco Arado começou no esporte ainda criança por influência da família de esportistas.

Nos Jogos Pan Americanos de Mar del Plata, na Argentina, em 1995, conquistou a medalha de prata nas duplas mistas, ao lado de Madeleine Armas.

Quatro anos depois, no Pan de Winnipeg, no Canadá, ficou com o bronze, tornando-se o primeiro mesa-tenista cubano a conquistar uma medalha na categoria individual masculina no torneio. Ele ainda disputou os Jogos Olímpicos de Sydney, em 2000, antes de aposentar-se da seleção cubana.

No ano seguinte, mudou-se para o Brasil, onde se casou com a também ex-mesa-tenista Monica Doti. Ela defendeu o país nos Jogos de Barcelona, em 1992, e Atlanta, em 1996, e conquistou o bronze por equipes no Pan de Havana, em 1991.

Em 2010, Arado passou a integrar a comissão técnica da seleção brasileira, primeiro como auxiliar de Jean-René Mounier, assumindo a função de técnico principal em 2016.

Após deixar o cargo de técnico da seleção, Arado trabalha agora para encontrar novos talentos que possam representar o Brasil no esporte em competições internacionais.

Além do trabalho como técnico de São Caetano e das viagens com Calderano, ele hoje atua também no projeto “Rota para Los Angeles”, da CBTM, que busca identificar e desenvolver jovens talentos. O nome é uma alusão aos Jogos Olímpicos de 2028, em Los Angeles.

Um dos garotos do projeto é o filho de Paco, Felipe Arado, 19. No fim de agosto, jogando ao lado de Leonardo Iizuka, Felipe foi campeão em duplas no Pan Júnior, em Assunção, no Paraguai. Nas duplas mistas, ficou com o bronze, atuando ao lado de Karina Shiray.

Apesar dos resultados promissores, o treinador prefere não colocar pressão no jovem.

“Meu filho é um bom jogador, só isso, um jovem bom jogador, como tantos outros que há no Brasil. Ele tem que fazer o melhor que ele pode. Se conseguir, estarei satisfeito”, afirmou Paco, que reconheceu que acaba sofrendo mais ao acompanhar as partidas do filho. “Quando é filho, dói mais. Só quem é pai sabe. Mas faz parte.”



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