O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, voltou a declarar que as decisões sobre a taxa de juros no Brasil são técnicas e calcadas em dados. Questionado sobre uma opinião do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que haveria espaço para cortes, Galípolo disse que a autoridade monetária não briga com dados econômicos.
“Todo mundo pode brigar com o Banco Central. O Banco Central é que não pode brigar com os dados”, afirmou o chefe da autarquia durante a apresentação do Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do primeiro semestre, em São Paulo.
A taxa básica de juros está no maior nível desde julho de 2006, quando chegou a 15,25% ao ano. Haddad disse ter uma “proximidade muito grande” com Galípolo, que foi seu braço direito no Ministério da Fazenda antes de assumir o comando do BC.
A autoridade monetária busca um patamar inflacionário de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Nos últimos 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) cresceu 4,68%, acima da meta.


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