A psicóloga Aline Wolff conhece bem um paradoxo dos ambientes de alta performance: quem tem pouca autocrítica pode deixar a desejar nos resultados, mas quem tem autocrítica em excesso pode se sair ainda pior.
Referência no atendimento de medalhistas olímpicos, como a ginasta Rebeca Andrade, ela explica na CasaFolha que a autocrítica, quando na dose certa, traz a insatisfação necessária para a atleta caprichar no treino, para o aluno estudar mais um capítulo, para o profissional tirar uma dúvida.
“Mas, quando ela é severa, ela cega o indivíduo. É como se ele estivesse num débito constante. E isso causa muita desregulação emocional e paralisia”, diz a psicóloga em curso disponível no site casafolhasp.com.br.
De acordo com Wolff, nesse cenário, o indivíduo fica dominado pela autocrítica e acha que nada do que fez é suficiente —pouco importa quantos resultados essa pessoa já tenha conquistado.
“Se essa autocrítica severa não for cuidada, não for modulada para fazer parte da experiência interna daquele indivíduo num tamanho saudável, ela tem grandes chances de aniquilar o desempenho”, afirma.
Líder das ações de saúde mental do Comitê Olímpico do Brasil, a psicóloga ensina preparação mental e o equilíbrio das emoções no streaming de conhecimento lançado pela Folha no ano passado.
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Ao todo, a plataforma de streaming já soma 28 cursos comandados por grandes personalidades em diferentes áreas, como o ex-ministro Pedro Malan, que explica como analisa a economia, a Monja Coen, que fala sobre meditação, a escritora espanhola Rosa Montero, que ensina escrita criativa, e o ex-jogador Raí, que apresenta a mentalidade de um atleta de elite.
Além disso, novos conteúdos são incluídos todos os meses. O fotógrafo Bob Wolfenson, por exemplo, estreou no dia 16. No próximo dia 30, a novidade é Ivan Ralston, líder do restaurante Tuju. Eleito o melhor chef do ano n’O Melhor de São Paulo por duas vezes consecutivas (2024 e 2025) e dono de duas estrelas Michelin, ele comanda um curso sobre técnicas gastronômicas.
No curso de Wolff, ela chama a atençao dos problemas da autocrítica nos ambientes de alta performance porque, nesses meios, a cobrança é muito reforçada pelos líderes e pelos próprios pares.
“Quando o indivíduo se observa, ele está encarcerado nele mesmo. Ele é o primeiro a se criticar. Ele é o primeiro a se punir. Ele é o primeiro a se medir com uma régua que é impossível de alcançar”, diz Wolff, que é mestre e doutora em psicologia do esporte.
“E isso traz muitos malefícios e, pior, traz riscos importantes para a saúde mental do indivíduo. A autocrítica severa está na raiz da depressão, está na raiz de quadros ansiosos graves, está muito presente em processos de trauma complexo.”
O desafio, nesses casos, é encontrar um nível adequado de autocrítica, capaz de estimular melhoras no desempenho, mas preservando a capacidade do indivíduo de enxergar o seu próprio valor.
Como ela insiste em várias aulas de seu curso, não existe uma fórmula para encontrar essa dose, mas é crucial que cada um passe por um processo sincero de autoconhecimento.
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