
Bandeira LGBTQIA+
Sophie Emeny/Unsplash
As autoridades da China ordenaram a remoção de dois dos aplicativos de relacionamento LGBTQIA+ mais populares do país, o Blued e o Finka, das lojas App Store, da Apple, e Google Play Store (Android).
A decisão, segundo a Apple, partiu da Administração do Ciberespaço da China, que regula a internet no país.
O casamento homoafetivo é ilegal na China. Segundo ativistas, a repressão à comunidade LGBTQIA+ na China aumentou nos últimos anos sob a presidência de Xi Jinping, com autoridades censurando frequentemente eventos e publicações.
No último fim de semana, usuários chineses notaram o desaparecimento das versões completas dos dois aplicativos. Eles pertencem ao BlueCity Group, que tem sede em Hong Kong.
Uma versão limitada do Blued permanece disponível na App Store chinesa nesta terça-feira (11). Alguns usuários dizem que o Blued e o Finka ainda podem ser utilizados caso já estivessem baixados em seus telefones.
A Apple confirmou a remoção nesta terça-feira (11). “Após uma ordem da Administração do Ciberespaço da China, removemos esses dois aplicativos apenas da loja chinesa”, disse um porta-voz da Apple à AFP. “Respeitamos as leis dos países em que operamos”, acrescentou.
Vigilância
O órgão que regula a internet na China anunciou, em setembro, uma campanha contra plataformas de redes sociais disseminam “uma visão negativa da vida”, segundo a Administração do Ciberespaço da China.
Em 2022, outro aplicativo de encontros LGBTQIA+, o Grindr, foi removido das lojas online chinesas.
Zhao Hu, advogado com trajetória na defesa dos direitos LGBTQIA+, disse à AFP que a decisão da Administração do Ciberespaço foi “inesperada” e “sem qualquer explicação”.
Hu Zhijun, cofundador da PFLAG China, organização que defende a comunidade LGBTQIA+, condenou a remoção dos aplicativos que, segundo ele, ajudavam homens gays a “terem vidas mais estáveis e encontrar parceiros para relações íntimas”.
“[Eles] Deveriam ser vistos como algo positivo, uma iniciativa socialmente benéfica”, disse.
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