Aconteceu o que se previa no início da Libertadores. Flamengo e Palmeiras farão a final em um jogo único. Os dois times devem também disputar o título do Brasileirão. Se os torcedores das duas equipes tivessem que escolher uma das conquistas, qual seria? Os clubes brasileiros não podem se contentar com o domínio técnico na América do Sul. Os melhores jogadores do continente que não atuam na Europa estão no Brasil.
A vitória por 4 a 0 do Palmeiras sobre a LDU, o resultado que era improvável e necessário, foi espetacular, monumental, emocionante, inesquecível. Foi realmente espetacular, muito diferente das situações espetaculosas, exageradas, que ocorrem com frequência no futebol e no mundo atual.
O Palmeiras, desde o início, empurrado pela torcida, pressionou, com muita garra, intensidade, sem perder a tranquilidade e a lucidez. O clube tem mais um jovem excepcional, Allan, que, provavelmente, brevemente estará em um dos grandes times europeus. O trabalho nas categorias de base do clube merece aplausos.
Andreas, novamente, atuou como um meio-campista, centralizado e com ampla visão do conjunto. Deslizou de uma intermediária à outra com ótimos e precisos passes. Ele deveria ser o primeiro reserva de Casemiro e Bruno Guimarães na seleção ou, de acordo com o momento, um terceiro no meio-campo.
O Flamengo merece também aplausos. O empate por 0 a 0 e a classificação para a final foram emocionantes, graças à qualidade individual, ao posicionamento correto dos defensores e à falta de talento do Racing, que, mesmo com um jogador a mais durante quase todo o segundo tempo, limitou-se a cruzar a bola para a área.
As mudanças feitas por Filipe Luís após a expulsão de Plata foram excelentes, principalmente a entrada de um terceiro zagueiro, Danilo, alto e muito bom nas jogadas aéreas. O goleiro Rossi teve mais uma grande atuação. Os dois zagueiros, Léo Ortiz e Léo Pereira, além do lateral Alex Sandro, estão na primeira fila de espera de uma vaga para a Copa do Mundo.
A defesa do Flamengo, há muito tempo, tem sido o ponto forte do time, embora os maiores elogios sejam sempre para os jogadores do meio para a frente, especialmente os que fazem e/ou dão passes para gols. A defesa é importantíssima, e o meio-campo é a alma e o cérebro de uma equipe.
Antes da partida contra o Racing, já era discutido em alguns programas esportivos se Filipe Luís seria dispensado caso o Flamengo fosse eliminado, o que não fazia nenhum sentido. É a sociedade do espetáculo, lacradora, radical, apressada, inconsequente, que procura heróis e vilões a cada semana.
Copa Sul-Americana
O Atlético-MG, merecidamente, está na final da Copa Sul-Americana. Vai enfrentar o Lanús, da Argentina. Enfim, Dudu teve uma ótima atuação, na vitória por 3 a 1 sobre o Independiente del Valle, lembrando o jogador que era no Palmeiras, driblando com velocidade pela ponta esquerda e pelo centro, além de dar ótimos passes.
No Cruzeiro, o jogador estava pouco preparado fisicamente, e o técnico Leonardo Jardim queria que ele voltasse para marcar pelo lado formando um quarteto no meio-campo na proteção dos defensores. Dudu não conseguia fazer isso. Além da questão tática, ele deve ter reagido para recuperar o prestígio.
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