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Lar Esportes Punição esportiva a Israel faz sentido? – 24/10/2025 – Marina Izidro
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Punição esportiva a Israel faz sentido? – 24/10/2025 – Marina Izidro


No dia 6 de novembro, o Aston Villa vai enfrentar o Maccabi Tel Aviv, na Inglaterra, pela Liga Europa. Só que torcedores visitantes do time israelense estão proibidos de ir ao estádio. A polícia da Inglaterra classificou a partida como de alto risco à segurança pública.

No ano passado, no jogo contra o Ajax, na Holanda, os “ultras” do Maccabi provocaram brigas nas ruas. Houve vandalismo, prisões e gente hospitalizada.

Só que, há tempos, uma partida de futebol na Inglaterra não ficava tão politizada. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, condenou a decisão e disse que “não vai tolerar antissemitismo nas ruas do país”.

A Uefa deixa a cargo de cada governo local a decisão sobre a segurança de uma partida. Esse tipo de proibição já aconteceu em países como França e Itália com outros times. Recentemente, torcedores problemáticos do Ajax não puderam ir a Marselha, e os do Eintracht Frankfurt não irão a Nápoles para jogos da Liga dos Campeões. É medida de segurança para outros torcedores e para quem mora nas cidades que recebem os jogos.

Quando esporte se mistura com violência, o banimento se justifica.

Uma outra discussão é fazê-lo como punição pelo conflito em Gaza.

Uma suspensão esportiva a Israel faz sentido?

Há algumas semanas, havia a expectativa de que a Uefa poderia suspender os clubes e a seleção de futebol de Israel de suas competições internacionais por causa da guerra. Dias depois, o cessar-fogo aconteceu e a punição não faria mais sentido.

O tema gerou discussões acaloradas. Mas sabe qual é a eficácia que punições esportivas têm em acabar com uma guerra? Nenhuma.

Um exemplo recente é a Rússia, banida do esporte pela invasão à Ucrânia desde 2022, e isso não faz a menor diferença para Vladimir Putin. Fifa, Comitê Olímpico Internacional, Uefa não têm regras tão claras sobre isso e estariam praticando ética seletiva.

O Catar sediou a Copa do Mundo de 2022 e a Arábia Saudita vai receber o Mundial em 2034, e ambos criminalizam a homossexualidade. Coreia do Norte, Irã, países em guerra ou que violam direitos humanos competem normalmente.

A questão humanitária é indiscutível e é preciso ter toda solidariedade com quem sofre. Mas a grande verdade é que a maioria de nós não sabe o suficiente para opinar sobre conflitos. Não temos mestrado em Relações Internacionais e não precisamos dar nossa opinião sobre tudo. Poderíamos ouvir mais do que falar. Muitas vezes, as pessoas são influenciadas pelo que algoritmos de redes sociais as levam a acreditar, em vez de buscarem informação confiável.

Essa não é uma coluna sobre política do Oriente Médio, é sobre esporte. Se o fato de um país entrar em guerra for o único critério de corte e organizações esportivas decidirem banir todas as nações responsáveis pelos vários conflitos que acontecem hoje do mundo, seria, na prática, o fim dos grandes eventos esportivos como conhecemos hoje. Para o bem e para o mal. Você está pronto para isso?

Punidos serão os atletas. E uma exclusão esportiva, infelizmente, não vai salvar uma única vida em Gaza.


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