Uma temporada antes de estrear na seleção brasileira de futebol, Raí vivia grande fase individual. Sua equipe, o Botafogo-SP, nem tanto. Ainda jovem, o craque às vezes se irritava com os companheiros. “Eu estava me achando”, conta em curso na CasaFolha, disponível em casafolhasp.com.br.
Pedro Rocha, ídolo do São Paulo na década de 1970, era o técnico do time de Ribeirão Preto, no interior paulista. Um dia, ele deu uma dura em Raí. Disse que, se ele se achava melhor, também tinha uma responsabilidade maior.
Raí aprendeu a lição. Mudou de comportamento e se dedicou ainda mais. Ajudou a salvar o Botafogo do rebaixamento no campeonato estadual e, no ano seguinte, conduziu a equipe ao topo da tabela. Badalado, teve sua primeira oportunidade na seleção, em 1987.
“Sinceramente, eu estava jogando melhor, individualmente, quando o time estava mal”, diz na CasaFolha, uma plataforma de streaming com cursos exclusivos lançada pela Folha há um ano. “A diferença é que o grupo estava funcionando melhor [em 1987]”, afirma o ídolo tricolor, que depois chegou a ser capitão da seleção brasileira.
Nas aulas da CasaFolha, Raí aproveita a experiência no futebol de elite para falar de temas como disciplina, liderança, trabalho em equipe, momentos de pressão e transição de carreira, entre outros assuntos.
As lições de Raí estão na “Jornada Alta Perfomance” da CasaFolha, que também conta com Aline Wolff, psicóloga da ginasta Rebeca Andrade, e Fernanda Keller, lenda do triatlo.
Ao todo, já são 27 cursos comandados por grandes personalidades em diferentes áreas, como o ex-ministro Pedro Malan, que explica como analisa a economia, a chef Helena Rizzo, que fala sobre técnicas culinárias para usar em casa, a Monja Coen, que ensina meditação, e o cineasta José Padilha, que discute a arte de contar histórias.
Além disso, novos conteúdos são incluídos todos os meses. Em setembro, por exemplo, a novidade foi a escritora espanhola Rosa Montero, com aulas sobre escrita criativa.
Para assistir aos cursos, é preciso ser assinante da CasaFolha. É possível se vincular à plataforma pelo endereço casafolhasp.com.br/assine. A assinatura, com desconto promocional de 67%, sai por R$ 19,90 por mês no plano anual (R$ 59,90 sem a promoção) e inclui acesso ilimitado a todas as notícias da Folha no site e no aplicativo para celular e tablet.
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Nas aulas de Raí, ele relembra a bronca de Pedro Rocha e a convocação para a seleção brasileira como exemplo da importância do trabalho em equipe.
“Ali foi uma primeira lição: você pode ter a melhor performance do mundo, mas, se o grupo não estiver funcionando, sua capacidade individual vai estar limitada. Então você tem que pensar no grupo até por interesse próprio.”
O craque também fala sobre Telê Santana, que comandou a seleção nos anos 1980 e foi seu treinador no São Paulo, no começo da década de 1990.
“Telê era obcecado com o jogo bonito”, diz Raí. “A principal característica da seleção do Telê era a beleza plástica, coletiva, que eu chamo de coreografia.”
Para o ídolo tricolor, o prazer do jogo coletivo é maior que o de uma grande jogada individual. E Telê sabia disso como ninguém.
“A grande magia do Telê é que ele conseguia despertar no atleta, por mais craque que ele fosse, o prazer do jogo coletivo”, relembra o craque. “Ele explorava o máximo de cada um individualmente, mas a serviço do coletivo.”
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