A Ford anunciou nesta quinta-feira (29) a redução de até 18% nos preços de alguns de seus veículos na Argentina, após o governo de Javier Milei confirmar nesta semana a extinção da primeira faixa do chamado imposto ao luxo (antes aplicável a veículos na faixa de US$ 39 mil a US$ 71 mil) e reduzir de 35% para 18% a alíquota sobre os carros acima desse valor (a segunda faixa).
Com a nova regra fiscal, a Ford decidiu aplicar os valores atualizados imediatamente na tabela de fevereiro – quando a medida anunciada por Milei será publicada no Diário Oficial e também passará a valer, evitando que as vendas, que estão em alta, desacelerem. Dois modelos que estavam incluídos na primeira escala do imposto, os SUV’s Bronco Sport e Kuga híbrido, já terão redução de 15,5% no preço de tabela.
Já para aqueles veículos que sofriam tributação na segunda faixa, a exemplo do Mustang V8, a queda chega a 18%. O Bronco V6 passa a ficar 13% mais barato, enquanto o Mustang Mach-E terá diminuição de 8,5%. Contudo, apesar da redução para esses veículos mais caros, a empresa decidiu aplicar um reajuste de 2% por inflação em modelos que não estavam sujeitos ao chamado “imposto ao luxo”, como as picapes Ranger e Maverick.
A decisão de reduzir os tributos sobre veículos é mais um passo do governo Milei para impulsionar a economia argentina e devolver competitividade ao setor produtivo. Segundo Caputo, a eliminação de impostos para carros entre US$ 39 mil e US$ 71 mil e a redução da alíquota para veículos acima desses valores devem resultar, ao todo, em cortes de preço de 15% a 20% no cenário geral.
Além dos automóveis tradicionais, o governo Milei também anunciou que eliminará tarifas de importação para carros elétricos e híbridos de baixo custo, permitindo a entrada de até 50 mil unidades por ano com isenção tributária. O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, confirmou ainda que motocicletas com valor entre US$ 14 mil e US$ 22 mil também serão desoneradas.
O presidente da Ford na América do Sul, Martín Galdeano, apoiou a redução de impostos para o setor anunciada pelo governo Milei e disse que ela também está associada a uma conjuntura de maior otimismo e financiamento mais acessível.
“É importante que os impostos sejam reduzidos e, quando há progresso, é preciso reconhecê-lo. Em nível nacional, houve progresso. Grande parte do aumento projetado de vendas é devido ao financiamento, que agora está mais barato, além das medidas do governo que dinamizam o setor. A isso se soma a recuperação salarial”, avaliou Galdeano.
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